Sabemos que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que legaliza o jogo no Brasil, além das loterias da Caixa Econômica. Há sinais de que o Governo Federal gostaria de aprovar a medida.

O assunto nunca deixou de ser polêmico e deve ser abordado com racionalidade, sem paixões ou ideias preconceituosas. Embora o assunto seja controverso, não se deve temer o debate.

Na prática, os jogos chamados “de azar” são amplamente explorados no país, de forma clandestina, sem recolher impostos e fomentando a corrupção. Não faz sentido manter na ilegalidade uma atividade que, na vida real, é praticada sem nenhum pudor. Isso causa muita vergonha para nossa Justiça e nossas Polícias, pois fica a impressão de que ou estão envolvidas ou não trabalham direito. Em resumo, se fosse para proibir de verdade, talvez devêssemos manter essa vedação, mas proibir de mentira, para ganhar no suborno, é inaceitável.

Outro ponto importante é que milhares de brasileiros gastam fortunas em cassinos no exterior, deixando de alimentar as atividades econômicas em seu próprio país, o que parece uma insanidade financeira do Brasil. O jogo fomentaria várias áreas importantes para nosso desenvolvimento econômico e não devemos fechar os olhos para tanto dinheiro perdido.

Sei perfeitamente que nessa atividade todo mundo ganha (Cassinos, artistas, funcionários, lojas, restaurantes, turismo etc) menos o apostador.

Sei do risco da dependência psíquica e da possibilidade de lavagem de dinheiro, mas há outros meios de se lidar com esses problemas, como comprova a operação Lava Jato.