Viver na cidade não significa, necessariamente, ter que respirar fumaça cancerígena, conviver com rios poluídos e mal cheirosos, passar terríveis momentos de estresse no trânsito, padecer por falta de segurança pública, sofrer de insônia, de bronquite, sinusite, hipertensão. Resumindo: ser doente e com nervos à flor da pele. No entanto, embora não seja essa uma situação inevitável, é sempre isso que acontece nas grandes cidades do Brasil. Pior ainda em São Paulo, que é a maior de todas.

Se os habitantes da megalópole pararem 10 minutos para pensar chegarão à conclusão de que a instalação do caos resulta da incompetência de governantes, os “políticos”, palavra que de uns tempos para cá assumiu conotação pejorativa. Quem abomina a “política”, a cidade e o país, demonstrando raiva e revolta em posts na internet e manifestando desejo de mudar do Brasil, não está percebendo que se os administradores públicos são ruins, a culpa é, em boa parte, dos eleitores. Ou seja, estamos votando em quem não mereceria nossa confiança. E não é difícil verificar quem presta e quem não presta. Basta se preocupar um pouco mais com os destinos da cidade e da nação e fazer uma pesquisa antes do dia da eleição. Não é difícil consultar a internet e encontrar informações importantes para orientar a escolha democrática de candidatos(as) com uma certa antecedência. Absurdo é catar um folheto do chão, poucos minutos antes de entrar na cabine de votação, e “colar” qualquer número na urna eletrônica, de qualquer postulante a cargo eletivo, aleatoriamente. Isso é tão comum de acontecer que vários candidatos espalham seus “santinhos” pela rua a fim de que os(as) eleitores incautos possam recolhe-los na última hora e sufragar a seu favor.

Se o voto for uma preocupação verdadeira, se todos(as) se esforçarem para escolher os(as) melhores, os(as) que têm escolaridade, profissão definida, propostas concretas e não tenham condenações criminais já vai ocorrer uma boa melhora nas administrações públicas.

Se o governante é ruim, pode ser porque o eleitor é descuidado! Vamos virar esse jogo!

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