A Semana Jurídica, comemorada em todas as faculdades com curso de Direito, ganhou um brilho a mais na UNIP Campus Vergueiro. Além da semana ser recheada por boas palestras, como a de Luiza Eluf, que falou sobre Crimes Passionais, no dia 28 de agosto se comemora o aniversário do curso de Direito, que no Brasil existe há 135 anos.
Luiza Eluf, após parabenizar os professores e alunos pela comemoração do curso que, para a palestrante, forma pessoas para exercer a mais linda profissão, iniciou sua fala lembrando a todos que o sujeito que comete crimes passionais, na verdade, quer a posse suprema da outra pessoa. E para atingir seu objetivo precisa tirar-lhe a vida.
Contrariando Vinicius de Moraes, que na música “Medo de Amar” escreveu “que o ciúme é o perfume do amor”, a procuradora de Justiça diz que a sociedade insufla o ciúme, pois todos querem ver o “circo pegar fogo”. Um rapaz, ao saber, por terceiros, de uma traição acaba cometendo o crime somente para ficar bem visto pela sociedade. Há muitos anos existia a absolvição por legítima defesa da honra, o assassino era preso, mas depois de um tempo solto. Hoje, as coisas mudaram.
Luiza explicou aos alunos as diferenças de perfis passionais de gênero. A mulher nunca entra em confronto direto com o homem e também não fica alimentando sua sede de vingança, pois sabe que sua força é inferior a de seu oponente. Por isso, geralmente age na hora da emoção e sempre com alguma arma em punhos ou outros artifícios, como veneno na comida. Já o homem premedita a forma que vai matar sua parceira. Tanto um quanto o outro não escondem ser o autor do crime, essa é a causa exógena do homicida passional. Eles têm um ódio que vai além da morte, por isso muitos acabam, por exemplo, cortando em vários pedaços o corpo da vítima.