Em sua palestra, a procuradora de Justiça falou sobre a importância da mulher na política

A noite era agradável, nem quente, nem fria. Perfeita para abrilhantar ainda mais o encontro do movimento Mulheres Que Fazem Acontecer (MQFA), num restaurante no bairro de Pinheiros. Algo simples para mulheres, a decoração estava primorosa e as convidadas animadas para receber Luiza Eluf, que falou sobre a importância da mulher na política. “A mulher não conseguirá avanços significativos se não se interessar pela política”, disse a candidata a vereadora de São Paulo.

Para quebrar o gelo e entrar no clima, fizeram uma dinâmica de grupo simples e de importância ímpar. Uma roda foi aberta no meio do pequeno salão, ali todas se abraçaram, meditaram e, uma a uma, transmitiram palavras de ânimo para a seguinte da circunferência.

Luiza iniciou sua fala acentuando a importância de um evento organizado por mulheres e para mulheres. Também falou das muitas vitórias conquistadas por elas nos últimos 40 anos. Lembrou a todas sobre a importante igualdade entre gêneros e as melhorias que chegaram a partir da Constituição de 1988.

A procuradora de Justiça afirmou que as mulheres aprenderam a se impor, mas ainda não é a maioria. Assim, fez uma pergunta que deve ser repetida sempre: Que direito ele tem? Luiza contou sua experiência como advogada de defesa de Capitú, personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, num júri fictício. Capitú penetrou no imaginário coletivo como tipo feminino e Luiza, ao ganhar a causa, não absolveu apenas a personagem, mas cada mulher que é tratada pelo homem como uma prenda sexual.